Como o FBI decide quem entra na
sua lista de suspeitos mais procurados?
A pergunta veio à tona nesta
semana, quando a polícia federal americana informou que o lugar antes ocupado
por Osama Bin Laden passou a ser ocupado por um acusado de pornografia
infantil.
Bin Laden, idealizador dos ataques
de 11 de Setembro, era o extremista mais procurado no mundo até sua morte, em
maio do ano passado, durante uma operação americana no Paquistão.
Já Eric Justin Toth, de 30 anos,
não é acusado de matar ninguém, mas sim de "possuir e produzir
pornografia infantil". O ex-professor está foragido desde 2008, quando
foi indiciado em âmbito federal após material pornográfico ter sido encontrado
em uma câmera de fotos que ele havia usado em sua escola.
O FBI buscou Toth pelos Estados de
Illinois, Indiana e Arizona, mas perdeu a trilha do suspeito. Por isso, na
última terça-feira (10) adicionou Toth à lista de dez mais procurados, tirando
dela Bin Laden.
"Sempre contamos com o
apoio público para ajudar a capturar fugitivos e solucionar casos",
disse em comunicado o porta-voz do FBI, Mike Kortan. "A inclusão de
Eric Toth na lista de dez mais ilustra como é importante tirar esse indivíduo
das ruas e prendê-lo."
O FBI começou a produzir a lista
de "Dez Mais Procurados" em 1950, quando um repórter pediu ao
organismo os nomes e as descrições dos "caras mais durões" que
estavam foragidos. Desde então, a lista se tornou um sucesso de publicidade,
dizem policiais.
Dos 495 homens e mulheres que
figuraram na compilação nas últimas seis décadas, 465 foram capturados ou
localizados. Desses, 153 foram presos a partir de pistas dadas por pessoas
comuns, diz o FBI.
Para ser incluído na lista, é
preciso que haja um mandado de prisão federal para o indivíduo e que este seja
considerado "uma ameaça à sociedade" - alguém com a suposta
capacidade de provocar danos se continuar foragido.
O homem ou a mulher da lista tem
de ser considerado "mau" o suficiente para valer uma
recompensa de centenas de milhares de dólares por pistas de seu paradeiro.
Também é preciso que os agentes
encarregados da busca tenha exaurido outras pistas e acreditem que a
publicidade vai ajudar a encontrar o fugitivo (há casos em que fugitivos não
são adicionados à lista porque as autoridades creem que a publicidade pode
fazê-los se esconderem ainda mais).
Nos anos 1960 e 70, por exemplo,
figuraram na lista radicais antiguerra do Vietnã adeptos da violência, como
Bernardine Dohrn, Katherine Power e Leo Burt.
Nos anos 1990, a compilação passou
a contar com extremistas internacionais. E nos anos 2000 foi a vez de acusados
de pedofilia e pornografia infantil serem listados.
"É claro que isso não
engloba todas as prioridades do FBI", diz Fox. "Contrainteligência
- por exemplo, operações sigilosas - não é um tema investigativo que se adeque
à lista dos ´Dez Mais Procurados´."
Os fugitivos saem da lista quando
são capturados, mortos ou se deixam de ser considerados uma ameaça à sociedade.
Ao longo dos anos, seis procurados
se encaixaram nessa última categoria - por exemplo, os ativistas antiguerra do
Vietnã que eram acusados de atos violentos e conseguiram escapar até chegarem à
meia-idade.
O FBI demorou 11 meses para substituir
Bin Laden. E, até ontem (12), o acusado de assassinato James "Whitey"
Bulger ainda figurava na lista, apesar de já ter sido capturado em junho do ano
passado.
Fonte:
http://www.espacovital.com.br/noticia-26922-homem-mais-procurado-do-mundo-passa-ser-acusado-pornografia-infantil
(13.04.12)
Linda
Ostjen Couto, Advogada, licenciada em Letras pela PUC/RS,
bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da PUCRS,
com especialização em Direito Civil pela UFRGS e Direito de Família e
Sucessões pela Universidade Luterana (ULBRA/RS), Mestre em Direitos
Fundamentais pela Universidade Luterana (ULBRA/RS). É sócia do Instituto
Brasileiro de Família (IBDFAM).
Escritório
em Porto Alegre/RS, Av. Augusto Meyer, 163 conj. 304.
Fone: 55 51
3343.8480
Na internet:
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