País tem 27 mil
pretendentes em adotar
O Brasil tem atualmente 27.298 pessoas dispostas a
adotar. É o que mostra o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), segundo dados
apurados em 10 de janeiro.
O CNA foi criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
para reunir informações acerca de pretendentes e de quem está à espera de uma
nova família.
De acordo com a consulta, o número de crianças e
adolescentes disponíveis para adoção mantém-se menor que o de interessados:
4.985 no país.
O juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, e
coordenador do Cadastro Nacional de Adoção, Nicolau Lupianhes Neto explicou que
o banco de dados tem como objetivo acelerar o procedimento de adoção e
possibilitar a realização de políticas públicas na área.
Ele ressalta que o CNA também contém informações sobre o
perfil dos pretendentes e que "estes são os mais variados".
Com relação à idade, por exemplo, a maior parte dos
pretendentes se concentra no grupo de 41 a 50 anos (10.741).
O segundo maior grupo é composto por pessoas de 31 a 40
anos (8.533).
Na sequência, estão os grupos formados por aqueles com
mais de 61 anos de idade (3.456), que tem de 51 a 60 anos (3.281) e que tem de
21 e 30 anos (1.001).
Dos pretendentes, 6.670 tem filhos biológicos. Outros 2.566
têm filhos adotivos.
A maioria dos interessados são casais: 21.747 do total de
inscritos no CNA.
Ainda de acordo com o cadastro, pessoas em união estável
somam 2.286, divorciados 502, viúvos 209 e separados judicialmente 197.
No que diz respeito à renda, é maior o número de
pretendentes que ganham de três a cinco salários mínimos - somam 6.525 do total
de inscritos.
Aqueles com renda de cinco a 10 salários chegam 5.929. De
dois a três salários, somam 4.236; de um a dois salários, 3.525 e de 10 a 15
salários, 2.269.
A maior parte dos interessados em adotar reside em São
Paulo, onde estão 7.330 do total de inscritos no CNA.
Também ocupam lugar no ranking dos cinco estados com mais
pretendentes, respectivamente, Rio Grande do Sul (4.278), Paraná (3.859), Minas
Gerais (3.581) e Santa Catarina (2.076).
Cadastro - O CNA foi criado em abril
de 2008. Nicolau Lupianhes destacou a importância dessa ferramenta. "A
possibilidade de adoção passou ser nacional com o CNA. Antes os pretendentes
tinham que comparecer a diversos juízos a fim de se habilitar.
Com a criação do cadastro nacional,
essa habilitação passou a ser nacional", afirmou.
24/01/2012 | Fonte:
CNJ
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